CRÍTICA: A Metamorfose

Título Original: Prevrashchenie
Lançamento: 2002
Direção: Valeri Fokin
País de Origem: Rússia
Roteiro: Franz Kafka, Valeri Fokin, Ivan Popov
Gênero: Drama
Duração: 90 min

Geralmente, a primeira impressão que se tem quando se ouve falar em uma adaptação é que o filme nunca está à altura do livro. Principalmente quando se trata de um clássico escrito por Kafka. Mas isso não ocorre em A Metamorfose, filme russo de 2002.
No livro, a personagem principal se transforma em um inseto e o diretor Valeri Fokin consegue transpor isso para a tela de forma magistral. Sem a utilização de efeitos especiais, o filme parece mais uma peça teatral, escolha que se mostrou perfeita ao longo do filme.
Boa parte do mérito do filme vai pro ator Yevgeni Mironov, já que toda a transformação é feita a partir do trabalho corporal do ator, que convenhamos ficou perfeito. E, embora tenha poucos diálogos, é possível perceber a angustia de Gregor Samsa nas expressões físicas de Mironov. Mérito também para a atriz Natalya Shvets, que interpreta Greta, irmã de Gregor, que também se transforma psicologicamente ao longo do filme, assim como toda a família.
Fokin fez uma das melhores adaptações feita para o cinema, com um filme simples que foca nas personagens e em suas expressões, sem se preocupar com diálogos ou técnicas visuais. Não deixem de assistir, principalmente se você já leu o livro.



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